Orações Subordinadas Substantivas: Objetiva Indireta x Completiva Nominal

As orações subordinadas substantivas exercem, dentro da oração principal, funções típicas de um substantivo. Elas podem funcionar como sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal ou aposto. Lembre-se do método da troca pela palavra “ISSO”, e o significado dessa sigla.

Dentre essas orações, as orações objetiva indireta e completiva nominal são frequentemente confundidas por apresentarem estrutura semelhante: ambas são introduzidas por preposição. No entanto, a origem da preposição é o fator principal que as distingue.

1. Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta

Essa oração completa o sentido de um verbo transitivo indireto, ou seja, um verbo que exige preposição para se ligar ao complemento.

Exemplos:

Precisamos de que os recursos sejam aplicados com responsabilidade.
→ O verbo precisar, nesse caso, é transitivo indireto: quem precisa, precisa de algo.

→ Logo, temos uma oração subordinada substantiva objetiva indireta.

Desconfiamos de que ele esteja mentindo.

→ O verbo desconfiar exige a preposição de.

Lembro-me de que ela me prometeu isso.

→ O verbo lembrar-se exige de.

Aspiramos a que o projeto tenha continuidade.

→ O verbo aspirar, no sentido de desejar, exige a preposição a.

2. Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal

Essa oração completa o sentido de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) que exige complemento introduzido por preposição.

Identificação: pergunte-se se a preposição vem de um nome e não de um verbo.

Exemplos com Substantivo Abstrato:

Tenho certeza de que ele será aprovado.

→ “Certeza” é um substantivo abstrato que exige o complemento de algo.

A esperança de que tudo melhore nos mantém firmes.

→ “Esperança” é o termo regente.

Exemplos com Adjetivo:

Estamos conscientes de que haverá cortes no orçamento.

→ “Conscientes” exige de algo.

Sou favorável a que as medidas sejam revistas.

→ “Favorável” exige a algo.

Exemplos com Advérbio:

Estava longe de que pudessem entendê-lo.

→ “Longe” (advérbio) rege a preposição de.

Comparando os dois casos com frases parecidas:

  1. Objetiva indireta: O professor insiste em que a turma estude mais.
    (insistir em algo → verbo transitivo indireto)
  2. Completiva nominal: A insistência em que a turma estude mais foi notável.
    (insistência → substantivo abstrato)

Bons estudos, família! A base é forte!

@proffabriciodutra

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