De acordo com um estudo divulgado pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, a comunicação por meio de mensagens via WhatsApp estimula as pessoas a serem mais sinceras e a abordarem temas sensíveis ou confidenciais. Inicialmente, os pesquisadores acreditavam que o registro escrito das conversas pudesse gerar desconfiança, já que essas mensagens poderiam ser acessadas por terceiros. Contudo, os resultados mostraram o oposto: as mensagens escritas no WhatsApp tornam os usuários mais propensos a discutir assuntos que dificilmente abordariam em conversas presenciais ou por ligação telefônica.
Segundo Fred Conrad, diretor do Programa de Metodologia de Pesquisa do Instituto de Pesquisa Social da Universidade de Michigan, fez uma pesquisa a respeito de mensagens de texto, “as respostas são mais precisas quando enviadas por texto, pois não há a pressão do tempo característica das conversas frente a frente”.
Essa descoberta reforça um aspecto importante da linguagem no contexto digital: a comunicação por aplicativos como o WhatsApp permite maior reflexão e elaboração na construção das mensagens. Diferentemente da oralidade imediata e efêmera, o texto escrito oferece um tempo adicional para organizar ideias, escolher palavras e estruturar a mensagem, favorecendo a clareza e a precisão na transmissão de informações.
Ainda sobre o Whatsapp, embora os recursos como figurinhas e emojis sejam úteis para agilizar a comunicação, eles muitas vezes substituem palavras e frases completas, reduzindo a necessidade de articular ideias com clareza e correção. Esse hábito pode enfraquecer o domínio da norma padrão da língua, afetando a capacidade de escrita formal e a expressão clara em contextos que demandam maior rigor gramatical, como textos acadêmicos ou profissionais. Assim, é importante equilibrar o uso de linguagem informal no WhatsApp com práticas que promovam o uso consciente e estruturado do idioma.
Professor Fabrício Dutra Professor de língua portuguesa há nove anos, formado pela UFRJ. Nasci no Rio de Janeiro, mudei-me para Brasília em 2012, e foi a cidade onde minha carreira começou de verdade. Ministrei aulas de Língua Portuguesa principais cursos preparatórios da capital dos concursos e já ajudei milhares de alunos a conseguirem algo que eles, de certa forma, perderamm impossível: aprender Gramática da Língua Portuguesa e fazer uma em condições reais de passar.