A Importância do Estudo da Sintaxe e Concordância Verbal em Concursos Públicos
A língua portuguesa é um dos pilares fundamentais para o sucesso em concursos públicos. Entre os tópicos mais cobrados estão sintaxe e concordância verbal, que exigem compreensão profunda das regras e práticas da gramática normativa. Este artigo explora esses conceitos, detalhando como o estudo do sujeito, predicado e suas variações pode ser determinante para a aprovação em provas de alto nível.
O Que É Concordância Verbal?
Concordância verbal refere-se ao estudo da relação entre o sujeito e o verbo na oração, garantindo que ambos estejam adequadamente alinhados em número e pessoa (ou seja, quanto à flexão). Por exemplo:
- Correto: Os alunos estudaram para a prova.
- Incorreto: Os alunos estudou para a prova.
Esse conceito, embora básico, é frequentemente explorado em questões complexas, especialmente quando a estrutura da frase foge da ordem direta.
O Papel da Sintaxe no Estudo da Língua Portuguesa
A sintaxe é a área da gramática que estuda a estrutura das frases, organizando os elementos em sujeitos, predicados, objetos e adjuntos. Para dominar a concordância verbal, é imprescindível compreender a sintaxe, pois o reconhecimento do sujeito e do predicado é o ponto de partida para análise correta.
Sujeito e Predicado: Os Primeiros Termos da Oração
- Sujeito: É o termo sobre o qual o verbo faz uma declaração. Nem sempre é o agente da ação; às vezes, pode ser quem a sofre.
- Exemplo:
- O pneu furou.
- Sujeito: O pneu (sobre o qual o verbo “furar” faz uma declaração).
- Exemplo:
- Predicado: Tudo o que se declara sobre o sujeito.
- Exemplo:
- O pneu furou durante a viagem.
- Predicado: Furou durante a viagem.
- Exemplo:
Tipos de Sujeito
- Sujeito Simples: Possui apenas um núcleo.
- Exemplo: O estudante leu o livro.
- Sujeito Composto: Possui dois ou mais núcleos.
- Exemplo: O professor e os alunos chegaram cedo.
- Sujeito Oculto (Elíptico): Não é expresso diretamente, mas pode ser identificado pelo contexto.
- Exemplo: Estudamos para a prova. (Sujeito: Nós)
- Sujeito Indeterminado: Não é possível identificar quem pratica a ação.
- Exemplo: Disseram que haverá concurso.
- Sujeito Inexistente: Ocorre em orações com verbos impessoais.
- Exemplo: Havia curas para essa doença.
Dificuldades Criadas Pelas Bancas Examinadoras
1. Ordem Indireta
As bancas frequentemente reestruturam frases para dificultar a identificação do sujeito.
- Exemplo:
- Ordem direta: Os candidatos aprovaram a proposta.
- Ordem indireta: Foi aprovada pelos candidatos a proposta.
2. Distância Entre Sujeito e Verbo
A separação exagerada entre sujeito e verbo confunde o candidato.
- Exemplo:
- Frase: Segundo estudos, no próximo ano, todos os professores receberão aumento.
- Sujeito: Todos os professores.
- Verbo: Receberão.
3. Uso da Partícula “Se”
A partícula “se” pode indicar diferentes funções, como índice de indeterminação do sujeito ou parte de uma voz passiva.
- Exemplo:
- Indeterminação: Vive-se bem aqui.
- Passiva: Compraram-se casas.
Exemplos de Concordância Verbal em Questões
- Exemplo Correto:
- Todas as questões interessam aos candidatos.
- Exemplo Errado:
- Todas as questões interessa aos candidatos.
Dicas para Estudo de Sintaxe e Concordância Verbal
- Pratique Análise Sintática Regularmente: Identifique sujeito e predicado em diferentes estruturas de frase.
- Estude Questões de Provas Anteriores: As bancas seguem padrões recorrentes.
- Fique Atento à Concordância Nominal e Verbal: Reconheça núcleos e ajuste o verbo ao sujeito.
Conclusão
O domínio de sintaxe e concordância verbal é essencial para o sucesso em concursos públicos. Dedicar-se ao estudo dessas áreas, praticar com questões elaboradas e manter atenção aos detalhes pode fazer a diferença na sua aprovação.

Professor Fabrício Dutra Professor de língua portuguesa há nove anos, formado pela UFRJ. Nasci no Rio de Janeiro, mudei-me para Brasília em 2012, e foi a cidade onde minha carreira começou de verdade. Ministrei aulas de Língua Portuguesa principais cursos preparatórios da capital dos concursos e já ajudei milhares de alunos a conseguirem algo que eles, de certa forma, perderamm impossível: aprender Gramática da Língua Portuguesa e fazer uma em condições reais de passar.