Na correria do dia a dia, somos constantemente bombardeados com a ideia de que as férias ideais devem ser preenchidas com viagens, festas e uma série de compromissos que prometem diversão e aventura. Mas será que esse tipo de movimentação realmente proporciona o descanso que nosso corpo e mente precisam? A resposta, para muitos, é um sonoro “não”. O verdadeiro descanso das férias não está em fazer muito, mas em fazer nada – em permitir-se desacelerar e reconectar com a simplicidade.
Viajar pode ser uma experiência enriquecedora, assim como estar rodeado de pessoas queridas em festas. No entanto, ambas as situações muitas vezes carregam consigo um fardo de planejamento, horários apertados e até expectativas irreais. O corpo continua ativo, a mente permanece alerta, e o cansaço, longe de desaparecer, pode até se intensificar. Voltamos das férias exaustos, precisando de uma pausa da pausa.
Por outro lado, há um poder transformador em simplesmente não fazer nada. Despertar sem pressa, ouvir o silêncio, mergulhar em um livro sem interrupções ou contemplar o céu sem compromisso de ser produtivo – isso é descanso para o corpo e para a alma. Nessas pausas, damos espaço para a introspecção, para a recuperação física e mental e para a redescoberta de pequenos prazeres que o ritmo frenético nos rouba.
Descansar verdadeiramente é um ato de resistência em um mundo que valoriza o movimento constante. As férias não precisam ser preenchidas por eventos grandiosos para serem valiosas; o que as torna especiais é a liberdade de sermos gentis conosco, sem a necessidade de atender a expectativas externas. Por isso, permita-se um tempo para o nada – e descubra o tudo que esse nada pode oferecer.
Professor Fabrício Dutra Professor de língua portuguesa há nove anos, formado pela UFRJ. Nasci no Rio de Janeiro, mudei-me para Brasília em 2012, e foi a cidade onde minha carreira começou de verdade. Ministrei aulas de Língua Portuguesa principais cursos preparatórios da capital dos concursos e já ajudei milhares de alunos a conseguirem algo que eles, de certa forma, perderamm impossível: aprender Gramática da Língua Portuguesa e fazer uma em condições reais de passar.